Diogo Aguiar é músico, compositor,
desenhista, pintor, poeta e autor do livro "Poemas Mortos". Suas
poesias apresentam características românticas e ultra-românticas e podem ser
apreciadas no blog "Amissus Poems". O autor também participa do blog
literário português "Tubo de Ensaio".
Estante Insólita - Por que o
título “Poemas Mortos”?
Diogo Aguiar - O
titulo “Poemas Mortos” leva a crer que o livro só fala de morte, mas não é bem
assim. O termo “mortos” foi utilizado porque na maioria das vezes quando algo
ou alguém morre, acaba sendo esquecido e somente é lembrado vez ou outra quando
esbarramos com uma foto, um local marcante, um perfume, um sabor e etc. E tudo
que morreu deixa, de certa forma, de fazer parte da nossa vida cotidiana. No
livro “Poemas Mortos” são sentimentos felizes e tristes que já findaram, e por
isso do nome.
EI - Como é o processo de criação da sua
poesia? Quais preocupações você tem ao escrevê-las?
DA - A criação das minhas poesias são sempre por inspiração,
inspiração natural ou induzida. Quando digo induzida são fatos que ocorrem que
me fazem desabafar através da poesia., sejam eles algo que deixa triste, com
ira, preocupado entre outros. A minha preocupação na poesia é conseguir me
expressar, as rimas acabam saindo ou não, mas não é uma preocupação constante,
nem rima e nem métrica.
EI - Os temas abordados em sua poesia são
carregados de romantismo e morbidez. Por que a escolha destes temas?
DA - Então, esse livro tem 1/3 de poemas felizes e de fato o
que resta são poemas românticos e tristes, taciturnos e mórbidos, pois o livro
narra uma jornada poética onde o “Poeta” descobre um amor, convive com ele,
perde esse amor e se afunda em abismo total. No caso, o livro foi composto sem
o próposito de ser um livro foram poemas que fui escrevendo durante um período
da minha vida e alguns anos apos escrever todos eles, vi que seguiam uma ordem
cronológica e que um completava o outro, e por isso não foi uma escolha de um
tema. Tanto que hoje possuo um blog pessoal de poesias onde posto semanalmente
chamado Amissus Poems, onde os textos são de todos os tipos, social, religioso,
amoroso, de raiva, de preocupação, de
esperança entre outros assuntos.
EI - Você participou, na FLIVA, do Sarau com
Regina Vilarinhos, além de outros saraus. Como é a participação em um Sarau?
DA - Exato, na FLIVA tive a oportunidade de participar de
diversos saraus nos três dias que fiquei em Valença. Participar de um sarau é
algo literalmente mágico, pois no momento em que recita você não fala de “boca
para ouvidos”, mas sim de “alma para alma”, e as vezes o que você recita é o
que exatamente a pessoa que está no momento precisava ouvir. Acredito que a
poesia assim como toda forma de arte pode mudar e melhorar vidas, e é assim que
me sinto quando participo de um sarau, mudando e melhorando a mim e
contribuindo para a melhora de tantos outros.
http://amissuspoems.blogspot.com.br/
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